Adiantada em
cerca de 20 dias, a vindima já começa a transformar a rotina de milhares de famílias
que vivem do cultivo da videira na região. No Vale dos Vinhedos (Bento
Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul) e nos Vinhos dos Altos Montes (Flores
da Cunha e Nova Pádua) – dois principais roteiros enoturísticos do Brasil -, o
cenário acusa que já é hora de colher uvas. Brancas ou tintas, de variedades
precoces às mais tardias, elas carregam vinhedos que cobrem vales espalhando o
doce aroma da fruta por todos os cantos. A “festa”, que celebra o resultado de
um ano de trabalho, é compartilhada pelos viticultores – homens da terra -,
pelos vinicultores – homens do vinho – e pelos milhares de turistas que,
atraídos pela vasta programação, visitam a região em busca de novas
experiências em torno da cultura do vinho.
De janeiro a março é possível participar
da colheita degustando a uva no pé, de dia ou de noite, numa experiência
inusitada. A programação inclui passeio de trator entre os vinhedos, pisa das
uvas na mastela (bacia de madeira), resgatando um costume dos imigrantes numa
gostosa brincadeira que simboliza o trabalho, a cultura e a religiosidade. O
que antes era formado apenas por vinícolas, hoje está apoiado por uma ampla
estrutura de atendimento ao visitante composta por artesanato, queijaria,
restaurantes, pousadas, hotéis, bares e cafés. Com a colheita em ação, as
atrações já podem ser vividas. Entretanto, a abertura oficial da vindima no
Vale dos Vinhedos acontece dia 2 de fevereiro numa promoção do Hotel Villa
Michelon e no dia 4 de fevereiro nos Vinhos dos Altos Montes, na Vinícola Luiz
Argenta. A região vive intensamente a colheita com programações independentes,
que enaltecem as características de cada roteiro, na expectativa de receber 250
mil visitantes.
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