Janeiro foi histórico para o turismo
nacional. No período, turistas estrangeiros injetaram US$ 779 milhões na
economia brasileira. O montante é o maior para o primeiro mês do ano em toda a
série histórica do Banco Central, iniciada em 1990. Nos últimos anos, a receita
acumulada em janeiro de 2018 só não foi maior do que a registrada em junho e
julho de 2014, meses da Copa do Mundo. No período, o gasto total dos turistas
estrangeiros no país somou US$ 793 milhões e US$ 785 milhões, respectivamente. Os
bons números coincidem com uma novidade no turismo do país. Foi em janeiro que
passou a valer o visto eletrônico para Japão, Canadá e Estados Unidos.
Segundo
a OMT (Organização Mundial do Turismo), medidas de facilitação da entrada do
turista estrangeiro geram incremento de fluxo até 25% entre os países
beneficiados. Pela projeção do MTur, o visto eletrônico pode injetar até R$ 1,4
bilhão na economia brasileira em dois anos. Na comparação de um ano para o
outro, o salto nos gastos de turistas internacionais foi de 17,86%. Frente ao
mês anterior (dezembro de 2017), a alta verificada é 17,8%, quando o volume
acumulado foi de US$ 661 milhões.
Vinicius
Lummertz, presidente da Embratur, defende o reforço na promoção e a
modernização da autarquia como forma de ampliar ainda mais o faturamento do
país com os visitantes internacionais e reduzir o déficit na balança comercial
do turismo. Apesar do aumento observado em janeiro, a balança continua
negativa, visto que, com o dólar estabilizado e em cotação atrativa, o
brasileiro continua viajando muito para o exterior. No primeiro mês do ano, por
exemplo, os gastos dos turistas nacionais no exterior aumentaram 26,79%,
totalizando US$ 2 bilhões. Com isso, o déficit na receita cambial do turismo
cresceu de US$ 918 milhões para US$ 1,22 bilhão. No mesmo mês do último ano, o
montante foi US$ 1,579 bilhão.
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