A
Feira Internacional de Turismo de Cuba (Fit Cuba 2014), realizada de 6 a 10 de
maio, no Parque Morro Cabaña, em Havana, mostrou ao mundo o potencial turístico
da ilha de Fidel Castro e confirmou o desenvolvimento atingido pelo setor nos
últimos anos. Na abertura do evento, o ministro de Turismo de Cuba, Manuel
Marrero Cruz (foto), disse que o novo marco regulatório para investimentos
estrangeiros representa um impulso para o desenvolvimento econômico do país.
Empresas internacionais de grande porte estão se associando ao governo cubano
na exploração de atividades hoteleiras, gastronômicas e de serviços, elevando a
qualidade da oferta turística em Cuba. Grandes redes hoteleiras, como Meliá,
Iberostar, Accor, Occidental Hotels, Barceló, Pestana, Blue Diamond e NH, já
possuem empreendimentos em Cuba.
O
ministro destacou ainda, em seu discurso, que os principais países emissores de
turistas para Cuba, são, pela ordem, Canadá, Inglaterra, França, Itália e
Espanha. Da América do Sul, o principal país emissor de turistas é a Argentina.
No Brasil estão sendo feitos investimentos para tentar elevar o número de
visitantes nos próximos anos. Um detalhe interessante é que, apesar do embargo
econômico imposto pelo governo dos EUA, mais de 170 mil turistas
norte-americanos visitaram Cuba entre janeiro e março deste ano e este número
tende a aumentar. Eles entram no país via Canadá ou México.
Quando a revolução tomou conta do
país, em 1959, os que eram mais ricos na época permaneceram com suas moradias e
muitos deles as transformaram em hospedarias, conhecidas em Cuba como
"casas particulares". Outras das mansões que pertenciam a milionários
norte-americanos foram transformadas em escolas, postos de saúde ou embaixadas
dos países amigos. Para se ter uma idéia, o antigo hotel Hilton, hoje se chama
Habana Libre.
Sob o clima quente e fresco
caribenho, que se estende pelo ano inteiro, aproveite para visitar os museus da
cidade, que apesar de muitas vezes possuírem uma visão pra lá de nacionalista,
são uma ótima oportunidade de desvendar alguns pontos da história da ilha.
Depois, percorra a Plaza de Armas, onde, além de poder folhear e comprar livros
usados, uma conversa com o vendedor pode lhe render muitas informações sobre a
cultura local e a situação política atual de Cuba.
Não
se vê ninguém reclamando da vida que levam nem no regime de governo. Um
motorista de taxi que nos levou ao bairro Miramar, ao ser questionado, disse
que o regime “não é comunista, é uma república popular”. Já o comodoro do Club
Náutico Internacional Hemingway, José Miguel Diaz Escrich, que nos recebeu para
um jantar, perguntado sobre o que achava de Fidel Castro, respondeu: “Castro es
mi padre, mi abuelo e mi diós”. Não precisa dizer mais nada.
Uma
das coisas que se preserva em Havana é o culto a seus heróis. O que mais se vê são
monumentos, cartazes e outros tipos de homenagens a Fidel Castro, Che Guevara,
Camilo Cienfuegos, José Marti e outros que lutaram para derrubar o regime do
ditador Fulgêncio Batista em janeiro de 1959.
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