O
litoral catarinense é considerado o berçário natural das baleias francas, as
quais migram do rígido inverno antártico em busca de temperaturas amenas e da
calmaria das águas para a reprodução e amamentação dos filhotes. Um dos
destinos escolhidos pela espécie é a Praia do Rosa, em Santa Catarina, onde
permanecem entre os meses de julho e de novembro. Ocasião em que os turistas
podem apreciar o espetáculo dos gigantes mamíferos. Nesse período, a Associação de Empresários – ACIM/Núcleo de
Turismo Sustentável da Praia do Rosa, por meio da operadora de Turismo
Vida Sol e Mar, licenciada pelo Ibama e reconhecida pela Embratur, oferece passeios terrestres por trilhas ecológicas
para observação de baleias, na companhia de biólogos e especialistas
do Instituto Baleia Franca (IBF). Por decisão judicial, nesta temporada, que
aguarda medidas preventivas por parte da Área de Proteção Ambiental da Baleia
Franca, sobre condições de fiscalização e estudos sobre os mamíferos marinhos,
estão temporariamente suspensos os passeios embarcados para observação das
baleias no litoral catarinense. Contudo, o IBF, com sede na Praia do Rosa,
oferece, antes de cada passeio, uma palestra sobre a baleia franca, para
aproximar os turistas à educação ambiental. Ministrada em três idiomas, a
exposição é realizada por um biólogo ou monitor do Instituto. Além desse
trabalho, o Instituto recebe voluntários na Temporada das Baleias Francas para
auxiliarem no resgate de animais marinhos e no trabalho de educação ambiental
junto à comunidade. Para 2013, o IBF formou uma equipe multidisciplinar com dez
voluntários de diferentes áreas, como oceanografia, gestão ambiental, biologia,
turismo e veterinária. São pesquisadores e estudantes que se deslocaram de
Salvador, Pará, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul para
auxiliar a organização.
Com
o intuito de analisar a dinâmica populacional das espécies na região, o
sobrevoo do Programa de Monitoramento das Baleias Francas, no Porto de Imbituba
e adjacências, realizado recentemente, identificou 40 baleias da espécie entre
o litoral gaúcho e catarinense, no trajeto de cerca de 200 km no litoral entre
os dois Estados.
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