A necessidade de uma política pública
orientada para o desenvolvimento do turismo em Santa Catarina — em especial, em
Florianópolis — foi a pauta do encontro realizado na manhã da última
segunda-feira na sede da Fiesc, na Capital. Representantes de entidades
empresariais participaram do encontro que destacou também a falta de segurança
jurídica para os investimentos.
"O turismo é um segmento competitivo
que demanda atualização. Florianópolis tem apenas um hotel em construção,
enquanto Chapecó tem 12 e a região de Maceió, 32. Isso é reflexo da falta de um
ambiente favorável para o investimento", afirmou o presidente da Embratur,
Vinicius Lummertz, que participou do encontro.
De acordo com Lummertz, Santa Catarina
reúne condições ideais de estímulo ao turismo — gastronomia, belezas naturais e
cultura estão entre eles. A indústria desse segmento tem capacidade de
estimular 53 setores econômicos. Porém, é necessário estruturar
estrategicamente o setor para que ele se desenvolva. A falta de marinas, portos
de atracação turística e os parques naturais fechados para visitação estão,
para o presidente, entre os indícios de que falta visão para o setor na
Capital.
Com reflexo, Santa Catarina estaria
perdendo visitantes tradicionais — especialmente, os com maior poder aquisitivo
— para o Rio de Janeiro, que teve a rede hoteleira reforçada para os eventos
esportivos, e para o Nordeste. O tiquete médio mais baixo ente os turistas
nesta temporada já seria um reflexo disso.
"Apesar dos esforços para atrair o
turista qualificado, que consome em estabelecimentos formais e contribui para a
geração de caixa do município e no Estado, o que se percebe é uma mudança no
perfil do visitante. A orla está sendo devastada por ambulantes e vendedores
informais", afirma a empresária Andrea Druck, do Grupo Habitasul, que
também participou do encontro.
Para Andrea, o questionamento jurídico dos
beach clubes, em Jurerê Internacional, por exemplo, foi um dos episódios que
influenciou para desgastar a imagem da região em relação aos visitantes. Ela
acredita que Florianópolis tem vocação para tecnologia e turismo — e precisa
investir para garantir o desenvolvimento de ambos.
Além da Embratur e do presidente da Fiesc,
Glauco José Côrte, participaram do encontro o presidente do Sebrae-SC, Sérgio
Alexandre Medeiros, e o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. A
ex-secretária de Turismo de Florianópolis, Zena Becker, e o empresário Fernando
Marcondes de Mattos, do Costão do Santinho, também participaram do encontro.
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