
"Não somos concorrentes, somos
complementares. Enquanto o Brasil tem sol e praia, a Argentina tem neve",
argumentou Henrique Eduardo Alves. Gustavo Santos concordou e propôs que os
dois países formalizassem um acordo com atribuições objetivas previstas para
cada uma das partes. "Temos tudo para trabalhar de forma integrada e
articulada", comentou Santos. O próximo encontro entre os dois ministros
ficou marcado para o WTM Latin América, que acontecerá em março, em São Paulo.
A Argentina é o principal emissor de
turistas para o Brasil. Historicamente, o país vizinho responde por mais de 20%
de todos os estrangeiros que desembarcam no país. Em 2014, dos 6,4 milhões de
turistas internacionais que visitaram o Brasil, 1,74 milhão eram argentinos. Em
2015, os hermanos investiram US$ 60 milhões em promoção internacional, três
vezes mais que o Brasil, que destinou menos de US$ 20 milhões para divulgar os
destinos turísticos no mundo.
De acordo com o presidente da Embratur,
Vinicius Lummertz, que acompanhou a reunião, é preciso buscar fontes alternativas
de receita para impulsionar o turismo internacional no Brasil. "Investimos
muito menos que outros mercados e, com isso, a disputa pelo mercado de viagens
internacionais, que é acirrado, fica prejudicada", comentou.
"Com uma ação conjunta, podemos criar
uma integração efetiva no Mercosul. Hoje o bloco econômico apresenta poucos
resultados reais para os envolvidos. Poderíamos dar o exemplo no turismo",
afirmou o ministro da Argentina. Ele sustentou que os parques nacionais sejam
um dos focos do trabalho integrado e citou o Parque de Iguaçu como um grande
ícone de aliança entre os dois países.
Na foto, os ministros de Turismo do Brasil.
Henrique Eduardo Alves, e da Argentina, Gustavo Santos.
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