Os gastos de brasileiros no exterior
somaram US$ 1,2 bilhão em agosto e, com isso, registraram pequeno crescimento
de 2,3% em relação ao mesmo mês do ano passado – quando totalizaram US$ 1,26
bilhão. Os números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira
(26). Foi a primeira vez desde janeiro de 2015 que as despesas de brasileiros
no exterior cresceram nesse tipo de comparação, com o mesmo mês do ano
anterior. Já no acumulado dos oito primeiros meses deste ano, os gastos de
brasileiros no exterior somaram US$ 9,18 bilhões. Na comparação com o mesmo
período do ano passado, quando as despesas lá fora ficaram em US$ 12,87
bilhões, a queda foi de 28,6%.
A conta de viagens internacionais registrou
despesas líquidas de US$ 690 milhões, recuo de 16,5%, na mesma base de
comparação. As receitas com viagens cresceram US$166 milhões, incremento de
38,1%, impactadas pelos gastos dos turistas estrangeiros durante as olimpíadas
do Rio de Janeiro, enquanto as despesas de turistas brasileiros no exterior
avançaram 2,3% comparados a agosto do ano passado. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o
percentual de aumento dos gastos dos estrangeiros no país é de 9,78% e o volume
de gastos de US$ 4,2 bilhões “Esse aumento da receita cambial turística no mês
de realização da Olimpíada confirma a nossa expectativa de que o evento foi um
sucesso e teve um impacto extremamente positivo para a imagem e para a economia
do Brasil”, comenta o ministro interino do Turismo, Alberto Alves.
O chefe do Departamento Econômico do BC,
Tulio Maciel, disse à Agência Brasil que essa foi a primeira vez que houve
crescimento dos gastos na comparação anual desde janeiro de 2015. Neste mês,
até a última quinta-feira (22), os gastos chegaram a US$ 973 milhões. Ainda
segundo ele, se essas despesas continuarem nesse ritmo de crescimento, a
expansão em relação a setembro de 2015 será de 8,1%.
De acordo com Maciel, a taxa de câmbio, que
chegou a superar R$ 4 no início do ano e agora está em torno de R$ 3,20, foi um
fator determinante para a expansão dos gastos no exterior. “A taxa de câmbio
determina grande parte dos custos lá fora, como hospedagem, transporte”, disse.
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