quinta-feira, 15 de maio de 2014

Ilha de Cuba desperta para o turismo

A Feira Internacional de Turismo de Cuba (Fit Cuba 2014), realizada de 6 a 10 de maio, no Parque Morro Cabaña, em Havana, mostrou ao mundo o potencial turístico da ilha de Fidel Castro e confirmou o desenvolvimento atingido pelo setor nos últimos anos. Na abertura do evento, o ministro de Turismo de Cuba, Manuel Marrero Cruz (foto), disse que o novo marco regulatório para investimentos estrangeiros representa um impulso para o desenvolvimento econômico do país. Empresas internacionais de grande porte estão se associando ao governo cubano na exploração de atividades hoteleiras, gastronômicas e de serviços, elevando a qualidade da oferta turística em Cuba. Grandes redes hoteleiras, como Meliá, Iberostar, Accor, Occidental Hotels, Barceló, Pestana, Blue Diamond e NH, já possuem empreendimentos em Cuba.
O ministro destacou ainda, em seu discurso, que os principais países emissores de turistas para Cuba, são, pela ordem, Canadá, Inglaterra, França, Itália e Espanha. Da América do Sul, o principal país emissor de turistas é a Argentina. No Brasil estão sendo feitos investimentos para tentar elevar o número de visitantes nos próximos anos. Um detalhe interessante é que, apesar do embargo econômico imposto pelo governo dos EUA, mais de 170 mil turistas norte-americanos visitaram Cuba entre janeiro e março deste ano e este número tende a aumentar. Eles entram no país via Canadá ou México.
Quando a revolução tomou conta do país, em 1959, os que eram mais ricos na época permaneceram com suas moradias e muitos deles as transformaram em hospedarias, conhecidas em Cuba como "casas particulares". Outras das mansões que pertenciam a milionários norte-americanos foram transformadas em escolas, postos de saúde ou embaixadas dos países amigos. Para se ter uma idéia, o antigo hotel Hilton, hoje se chama Habana Libre.
Sob o clima quente e fresco caribenho, que se estende pelo ano inteiro, aproveite para visitar os museus da cidade, que apesar de muitas vezes possuírem uma visão pra lá de nacionalista, são uma ótima oportunidade de desvendar alguns pontos da história da ilha. Depois, percorra a Plaza de Armas, onde, além de poder folhear e comprar livros usados, uma conversa com o vendedor pode lhe render muitas informações sobre a cultura local e a situação política atual de Cuba.
Não se vê ninguém reclamando da vida que levam nem no regime de governo. Um motorista de taxi que nos levou ao bairro Miramar, ao ser questionado, disse que o regime “não é comunista, é uma república popular”. Já o comodoro do Club Náutico Internacional Hemingway, José Miguel Diaz Escrich, que nos recebeu para um jantar, perguntado sobre o que achava de Fidel Castro, respondeu: “Castro es mi padre, mi abuelo e mi diós”. Não precisa dizer mais nada.

Uma das coisas que se preserva em Havana é o culto a seus heróis. O que mais se vê são monumentos, cartazes e outros tipos de homenagens a Fidel Castro, Che Guevara, Camilo Cienfuegos, José Marti e outros que lutaram para derrubar o regime do ditador Fulgêncio Batista em janeiro de 1959.

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