Para o presidente da Santur, Valdir
Walendowsky, há uma necessidade urgente de repensar o turismo no Estado. Se os
turistas não estão vindo como se gostaria, diz, é preciso entender o porquê.
Para Walendowsky, há um conjunto de fatores.
“Os aeroportos são ruins, as rodovias são
ruins e, além disso, somos um destino caro. Os restaurantes são caros. Ainda
por cima, os empresários aqui ficam esperando o turista vir, enquanto hoje você
tem que ir até o turista, investir em publicidade”, afirma.
Ele também reitera que, com a internet, o
turista pesquisa muito antes de decidir para onde vai, e uma das coisas que
procura saber é se há novidade no destino:
“O Beto Carreiro mantém um público alto
porque sempre tem atrações novas.Quando Florianópolis veio com os beach clubs
isso era uma novidade no país. De lá pra cá, o que a cidade apresentou de novo?
O Rio de Janeiro tem três museus novos por exemplo”, diz Walendowsky.
O presidente da Associação Brasileira de Bares
e Restaurantes (Abrasel-SC), Raphael Dabdab, concorda que é preciso haver um
esforço para melhorar a atratividade em Santa Catarina. Sobre o custo dos
restaurantes, ele aponta o alto preço da cesta básica da Capital - a segunda
mais cara do país conforme o Dieese -, o valor dos alugueis e da mão de obra.
Segundo ele, o piso salarial dos garçons na Capital, de R$ 1235, é um dos mais
elevados do Brasil.
“Além de o poder aquisitivo das pessoas ter
reduzido, o custo dos restaurantes aumentou. Nosso ICMS quase dobrou e o
imposto sobre bebidas também aumentou. No começo do ano passado, 30% dos
restaurantes no litoral do Estado estavam com prejuízo. No final do ano eram
40%”, afirma Dabdab.
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